FGV: 6 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema no Brasil em 2 anos

Segundo IBGE, desigualdade caiu ao menor nível desde 2012

Por Da Redação
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FGV: 6 milhões de pessoas saíram da pobreza extrema no Brasil em 2 anos

Foto: Agência Brasil

Entre os anos de 2023 e 2024, seis milhões de pessoas saíram da linha da extrema pobreza no Brasil.  Os dados são do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (FGV Social), publicados nesta sexta-feira (9) pelo jornal O Globo.

O número é decorrência do índice de Gini, divulgado na quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o qual apontou que a desigualdade de renda caiu em 2024 aos menores níveis desde 2012.

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Na média, o rendimento das fontes por pessoa do domicílio avançou 4,7% ante 2023, para R$ 2.020 por mês, nível recorde desde 2012. No grupo dos 5% da população que ganham menos, em torno de 10,8 milhões de pessoas, a renda subiu para 17,6%.

A partir disso, a parcela de brasileiros extremamente pobres caiu para 6,8% da população em 2024, equivalente a 14,7 milhões de pessoas, ante 8,3% em 2023. 

Os cálculos têm como base os dados do IBGE e consideram um rendimento médio por pessoa do domicílio de R$ 333 mensais, como linha de extrema pobreza.

Trabalho e programas sociais explicam resultado, aponta IBGE

Segundo Gustavo Geaquinto Fontes, do IBGE, um dos fatores que explicam a queda da desigualdade em 2024 é a dinâmica do mercado de trabalho, que beneficiou sobretudo as classes de menor rendimento. Em termos proporcionais, grupos com menor renda tiveram ganhos acima da média, afirmou o técnico.

Gustavo também avaliou que programas sociais ajudaram a diminuir o Gini que considera todas as fontes de renda. A parcela da população que recebeu esses benefícios subiu a 9,2% em 2024 (20,1 milhões), após marcar 8,6% em 2023.

O percentual mais recente (9,2%) é o terceiro maior da série, atrás apenas dos observados em 2020 (13%) e 2021 (9,5%), quando a pandemia forçou o pagamento do auxílio emergencial.
A inserção dos programas sociais é mais forte no Nordeste e no Norte. Os benefícios alcançaram 15,7% e 13,5% da população das duas regiões em 2024.

No ano passado, tanto o rendimento médio mensal do trabalho (R$ 3.225) quanto o valor médio recebido de programas sociais (R$ 836) bateram recordes no país, conforme o IBGE. Os benefícios do governo incluem Bolsa Família, BPC-Loas e outras iniciativas.

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