Fiocruz alerta para prevenção de vírus causador de bronquiolite e outras doenças
Com sintomas parecidos com resfriado comum, VSR se manifesta durante o outono e inverno no país
Foto: Reprodução/Banco de Imagens
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), alertou nessa segunda-feira (30), sobre doenças pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Este é agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões, e outras complicações.
Segundo a entidade, a doença ocorre de forma sazonal, com maior frequência durante os meses de outono e inverno no Brasil, especialmente em crianças até 2 anos de idade. A enfermidade pode ser facilmente confundida com um resfriado comum, já que conta com sintomas como coriza, tosse, febre e mal-estar.
“Quando os sintomas evoluem para o chiado no peito (sibilância) e esforço respiratório, a criança deve ser rapidamente levada ao pronto atendimento pediátrico para avaliação médica. O quadro pode ou não evoluir para uma insuficiência respiratória, podendo ser necessário internação hospitalar e uso de oxigênio por meio de ventilação não invasiva ou invasiva", informou Flavia A. Anisio de Carvalho, alergista e imunologista no Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o VSR é responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias. Desde o ano de 2013, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza um medicamento chamado palivizumabe, utilizado em bebês prematuros extremos, aqueles com cardiopatia congênita ou doença pulmonar crônica, para casos em que a infecção costuma ser mais grave.
Prevenção e tratamento
O vírus em questão, segundo a Fiocruz, pode ser transmitido pelo ar, por toque e por objetos contaminados e conta com uma prevenção similar à de outras infecções de causa viral, como a Covid-19.
Para crianças, a médica ressalta que é necessário evitar ambientes fechados e com aglomeração de pessoas nos primeiros três meses de vida.
“Com a pandemia e o período de isolamento social, o VSR e outros vírus tiveram sua circulação quase interrompida, devido ao uso de máscara e de medidas de higiene mais constantes”, disse.