• Home/
  • Notícias/
  • Brasil/
  • Fiocruz diz que está investindo em vacina para malária com fomento do Japão

Fiocruz diz que está investindo em vacina para malária com fomento do Japão

Fundação participa de um projeto de pesquisa pré-clínica de uma vacina para malária vivax, que já foi aprovado

Por Da Redação
Ás

Fiocruz diz que está investindo em vacina para malária com fomento do Japão

Foto: Reprodução/Fiocruz

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou nesta segunda-feira (25) que o Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia), em parceria com a Fundação de Medicina Tropical (FMT), participa de um projeto de pesquisa pré-clínica de uma vacina para malária vivax, que acaba de ter seu fomento aprovado pelo Fundo Global de Tecnologia Inovadora em Saúde (GHIT) do Japão.

O pesquisador Shigeto Yoshida, da Universidade de Kanazawa, é o coordenador da pesquisa, que conta como parceiros, as universidades de Hokkaido, Kyoto, Toyama e Jichi Medical University, do Japão, e a Universidade de Cambridge, do Reino Unido.

Stefanie Lopes, vice-diretora de Pesquisa da Fiocruz Amazônia e coordenadora local dos estudos informou que atualmente a Fundação conta com uma plataforma voltada à realização de ensaios para testagem de substâncias, bem como novas formulações vacinais para a malária causada pelo Plasmodium vivax. 

“Esta plataforma pode avaliar atividade antimalárica ex vivo contra estágio sanguíneo do parasita, assim como a atividade no bloqueio da transmissão do parasita ao vetor em ensaios in vivo através da infecção experimental de mosquitos Anopheles colonizados”, relata a cientista.

A vice-diretora ainda destaca que o estabelecimento deste último ensaio contou com o apoio da Medicines for Malaria Venture (MMV) e Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Amazonas (Fapeam). “É um trabalho de suma importância, visto que um dos grandes gargalos para o controle da malária vivax reside na existência de um estágio latente no fígado, o hipnozoito, que é responsável pelo reaparecimento da doença sem a necessidade de uma nova picada do mosquito infectado”, informou.

Entretanto, a cientista salientou que os medicamentos disponíveis para atacar este estágio do parasita, a primaquina, e o seu substituto em dose única, a tafenoquina, não podem ser utilizados amplamente devido aos seus efeitos colaterais em determinadas pessoas, como gestantes e deficientes em G6PD.

De acordo com a Fiocruz, O Plasmodium vivax é responsável pela maioria dos casos da doença no Brasil e devido à ausência de uma cultura estável a longo prazo, ensaios como estes da plataforma da Fiocruz Amazônia só podem ser realizados em áreas endêmicas da doença pois dependem da coleta de sangue de voluntários com a doença.

"Manaus tornou-se um centro promissor para realização dos ensaios porque há atendimento de pacientes com malária diariamente e temos infraestrutura instalada que permite o desenvolvimento desses testes", observou Stefanie, lembrando que necessita coletar amostras de humanos infectados para poder trabalhar.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário