Flávio Dino e Costa Filho planejam programa de segurança para portos e aeroportos brasileiros
Ministros se reuniram para traçar estratégias de segurança que incluem São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil | Billy Boss/Câmara dos Deputados
Os ministros da Justiça, Flávio Dino, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, realizaram sua primeira reunião conjunta para desenvolver um plano de segurança abrangente destinado a portos e aeroportos brasileiros. O encontro ocorreu na segunda-feira (25), no Palácio da Justiça, com a participação do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e do secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.
A proposta visa lançar um programa interministerial que inicialmente abrangerá as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. O plano envolve investimentos em tecnologia de segurança, incluindo câmeras, biometria, monitoramento de bagagens, aquisição de novos equipamentos de raio-x, scanners corporais e detectores de líquidos e explosivos.
"Começamos hoje um diálogo com Dino para iniciar um plano nacional de segurança de forma coletiva, com a PF e outros agentes", afirmou Silvio Costa Filho, ministro recém-empossado de Portos e Aeroportos.
O combate ao tráfico de drogas será uma das principais prioridades do programa. O Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por exemplo, é conhecido pelo alto número de apreensões de entorpecentes. Em abril, a Polícia Federal prendeu seis funcionários terceirizados do aeroporto sob suspeita de alterar etiquetas de bagagens para contrabandear drogas.
Em relação aos portos, o foco será no litoral paulista, com destaque para o Porto de Santos. Apenas nos primeiros quatro meses do ano, a PF apreendeu 4,2 toneladas de cocaína nesse porto.
Segundo a Polícia Federal, a Europa é o principal destino das drogas exportadas do Brasil, com entrada na Alemanha, França, Espanha e Bélgica, antes de serem distribuídas para outros países europeus.
"Por décadas, testemunhamos o drama da violência nas cidades, que está diretamente relacionado ao que ocorre nos portos e aeroportos. Não houve planejamento no passado, e agora estamos corrigindo isso. Vamos concentrar nossos esforços para minar o financiamento das quadrilhas", destacou Flávio Dino.