Flávio Dino vai apresentar discurso de vereador que ligou pedofilia a ministro do STF à Polícia Federal
Sandro Luiz Fantinel acusa ministro de participar de orgia com crianças no exterior
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta quinta-feira (2) que vai enviar o discurso do vereador de Caxias do Sul Sandro Luiz Fantinel (Patriota) para apreciação da Polícia Federal (PF). Fantinel acusa um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de participar de orgia com crianças no exterior.
A fala do político foi feita em uma sessão ordinária na Câmara da cidade em que reside, no dia 17 de novembro de 2022. “Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro? A vergonha começa lá em cima. A gente sempre tirou os exemplos de nossos pais quando éramos crianças e o povo tira o exemplo das autoridades. É triste o futuro que a gente vê”, disse o vereador.
“Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal. Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões”, diz o ministro no Twitter.
Declarações recentes
O mesmo vereador voltou aos holofotes no dia 28 de fevereiro, ao proferir declarações polêmicas sobre trabalhadores baianos. Na oportunidade, Fantinel usou a tribuna da Câmara municipal para tratar cidadãos baianos de forma preconceituosa e criticou uma operação que resgatou 208 trabalhadores de exploração análoga à escravidão na cidade vizinha, Bento Gonçalves (RS).
Segundo ele, a denúncia foi "exagerada e midiática" com a intenção de atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Falatiel usou a tribuna da Câmara municipal para tratar cidadãos baianos de forma preconceituosa e criticou uma operação que resgatou 208 trabalhadores de exploração análoga à escravidão na cidade vizinha, Bento Gonçalves (RS).
“Agricultores, produtores vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima”, disse, referindo-se aos baianos e se colocando à disposição para ajudar a criar “uma linha” para a contratação de argentinos para o trabalho de colheita de uvas.
“Todos os trabalhadores que têm argentinos trabalhando hoje só batem palmas. São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantém a casa limpa e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão. Agora com os baianos, que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema”, disparou o vereador.