Foragido por emboscada contra torcedores do Cruzeiro, presidente da Mancha Verde renuncia ao cargo e vai se entregar à polícia

Foragido há mais de um mês, o presidente da Mancha Alviverde, torcida organizada do Palmeiras, Jorge Luiz Sampaio Santos, renunciou ao cargo no domingo (8). Em nota pública, ele afirmou que o afastamento acontece para que possa se dedicar "exclusivamente à minha defesa e provar minha inocência". 

Jorge está foragido da Justiça desde o dia 30 de outubro, por participar de uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro que deixou um morto e 17 feridos.

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Segundo o portal g1, a defesa afirmou que Jorge Luiz irá se entregar à polícia provavelmente na quinta-feira (12). Em nota divulgada pelo escritório Jacob Alcaraz, os advogados afirmam que o cliente acredita "no Poder Judiciário e em sua capacidade de garantir sua integridade física, segurança e direitos fundamentais" e diz que "as suspeitas levantadas pela Polícia Civil não correspondem à realidade".

Na última semana, a Polícia Civil realizou uma operação e conseguiu prender 10 palmeirenses envolvidos no caso. Outros oito, incluindo Jorge Luiz, continuam sendo procurados. Ao todo, 12 estão presos pela emboscada.

No dia do crime, os palmeirenses usaram pedaços de paus, pedras, barras de ferro e rojões. Conforme as investigações, a Mancha queria se vingar da Azul, torcida organizada do Cruzeiro, por uma briga que perdeu no ano de 2022, em Minas Gerais.

Filmagens feitas pelos próprios palmeirenses viralizaram nas redes sociais. Nos vídeos é possível ouvir os torcedores da Mancha Alviverde gritando contra cruzeirenses feridos no chão que são membros da "tropa do Jorge", em alusão a Jorge Luiz. 

A Federação Paulista de Futebol (FPF) acatou, ainda em outubro, a recomendação do Ministério Público para proibir a presença da Mancha Alviverde em estádios de futebol no estado de São Paulo.

Leia na íntegra a nota pública divulgada por Jorge Luiz:

"São Paulo, 08 de dezembro de 2024.

À Mancha Alviverde,

Nos últimos três anos, orgulhosamente ocupei o cargo de presidente do Grêmio Recreativo e Cultural Torcida Mancha Alviverde, uma organização histórica com mais de 90 mil sócios que realiza inúmeros projetos sociais e se dedica incansavelmente a promover a união no futebol.

Devido aos acontecimentos recentes, contudo, não posso mais continuar. Comunico a todos que renuncio à presidência dessa valorosa torcida, cujos interesses estão acima de qualquer ato isolado. Meu afastamento é necessário não apenas para preservar minha família, mas também para que eu possa me dedicar exclusivamente à minha defesa e provar minha inocência.

Jorge Luís Sampaio Santos"