Fotógrafo brasileiro está desaparecido na França há mais de uma semana
No dia que retornaria ao Brasil, Flávio de Castro se internou após cair no Rio Sena
Foto: Reprodução/RedesSociais
Flávio de Castro Souza, mineiro de 36 anos, está desaparecido desde o dia 26 de novembro, quando deveria ter voado de volta para o Brasil, no entanto, nunca entrou no avião. Flávio chegou a fazer check in, e o Itamaraty está em contato com a família para acompanhar a situação.
Sem declarações públicas da polícia francesa, não há muitas informações sobre o andamento das investigações, mas, através de declarações dos amigos de Flávio, surgiram algumas pistas.
Rafa Basso, em entrevista à Rádio França Internacional (RFI), neste domingo, contou que o amigo se internou após cair no Rio Sena, no dia que retornaria para o Brasil. Flávio caiu no rio na altura do Café Les Ondes, no 16°distrito da capital, a poucos metros da beira do rio e próximo da Torre Eiffel.
Flávio teve alta horas depois. Ele deu entrada no hospital Georges Pompidou, segundo o amigo. Em contato com o hospital, Basso recebeu a resposta que Flávio deu entrada às 6 da manhã e saiu ao meio-dia, consciente.
Basso também fez contato com a agência que intermediou o aluguel do apartamento onde Flávio estava hospedado. Essa agência disse que o fotógrafo foi até o escritório com roupas molhadas, e pediu a extensão de mais um dia de hospedagem. Então, Flávio voltou para o apartamento para tomar banho, arrumar as malas, e não teve contato com mais ninguém.
Alguns amigos de Flávio já foram ao apartamento recolher os pertences dele, incluindo o passaporte. A mala estaria fechada até aguardar a presença da polícia para revistá-la. O celular dele teria sido encontrado em um vaso de plantas no Café Les Ondes por um funcionário, na quarta-feira, dia seguinte ao sumiço. O aparelho está com Basso, e afirmou que levará até a polícia.
À RFI, Rafa Basso diz que não recebeu posicionamento oficial da polícia. "Não sei se é preconceito, mas a polícia só diz que ele estava bêbado. Então não sabemos se foi mesmo bebida e se ele estava sozinho ou não respondeu".
A prima do brasileiro, Joyce Barbosa, em entrevista à CBN, neste domingo (1), afirmou que a família ainda aguarda o retorno das autoridades sobre as investigações.
"A Embaixada tem nos dado um apoio muito grande, eles prontamente nos atenderam, nos orientaram como proceder. Realmente, a gente não tem muito o retorno do que está sendo feito, quais são os protocolos da embaixada, da Polícia Federal, também que a gente também acionou. Então, a gente como família fica um pouco ansioso com a resposta, mas a gente sabe que eles estão agindo. Então isso deixa a gente muito confiante de que em breve a gente vai ter notícia", disse Barbosa.
Flávio estava em Paris desde o dia 1° de novembro. Ele viajou para fazer as fotos do casamento de um casal de amigos brasileiros no dia 4 de novembro. A família dele soube do sumiço após a companhia aérea informar que, apesar de ter feito o check-in, o fotógrafo não embarcou. Um outro amigo contou à RFI, que Flávio está bem e "curtindo a cidade".
Os parentes de Flávio divulgaram uma nota afirmando que um amigo de Flávio no Brasil recebeu uma mensagem do francês Alex Gautier, na quarta-feira, 27, através de uma rede social. Alex informou ao amigo brasileiro que não estava conseguindo contato com o fotógrafo.
Os parentes entraram em contato com a Embaixada do Brasil na França e com a Polícia Federal, informando ainda que pedem a inclusão de Flávio na lista amarela da Interpol, como é conhecido o cadastro de desaparecidos da instituição.
A última publicação de Flávio numa rede social foi feita na segunda-feira, um dia antes do desaparecimento.