"Furar o teto dos gastos não é uma solução", afirma Rodrigo Maia
O presidente da Câmara descartou a prorrogação do estado de calamidade pública para 2021
Após se reunir com o ministro da Economia Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta terça-feira (11), que não haverá prorrogação do estado de calamidade pública para além deste ano e que "furar o teto dos gastos não é uma solução". Segundo Maia, será necessário ter "paciência e equilíbrio" no momento de pós-pandemia, com respostas que passam por questões estruturais. "O jeitinho brasileiro tem que ficar de fora", opinou.
Rodrigo Maia falou a Guedes que o Congresso Nacional deve retomar o debate sobre a eficiência do gasto público para abrir espaço para investimentos. O presidente da Câmara elogiou a reforma tributária enviada pelo governo, disse que ela "caminha bem" e que a criação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) é uma "ótima proposta para destravar investimentos com a simplificação".
Paulo Guedes concordou e afirmou que a reforma do Estado é o melhor caminho e que já estava pactuado antes da pandemia e que agora deve ser retomado. "Se tiver ministro fura-teto, eu vou brigar", falou.
O ministro ainda acenou sobre uma preocupação com a possibilidade de reeleição de Jair Bolsonaro e avaliou que se o presidente quiser ser reeleito será preciso respeitar o teto de gastos, já que a "irresponsabilidade fiscal" teria custado o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.