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Gabriel Attal é nomeado primeiro-ministro mais jovem da França

Nomeação ocorre após renúncia de Élisabeth Borne

Por Da Redação
Ás

Gabriel Attal é nomeado primeiro-ministro mais jovem da França

Foto: Reprodução/ Twitter

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta terça-feira (9) a nomeação de Gabriel Attal como primeiro-ministro, após a renúncia de Élisabeth Borne na segunda-feira. Attal, de apenas 34 anos, era o ministro da Educação e torna-se o mais jovem primeiro-ministro desde a fundação da Quinta República Francesa em 1958, além de ser o primeiro abertamente gay a assumir o cargo.

A decisão foi tomada como parte da estratégia de Macron para impulsionar seu segundo mandato antes das eleições parlamentares europeias e dos Jogos Olímpicos de Paris deste ano. Attal, conhecido por sua lealdade a Macron e habilidade de comunicação, terá a missão de trazer o tão esperado impulso ao governo, após uma série de reformas impopulares em 2023.

A primeira tarefa de Attal será formar um novo governo, refletindo as promessas de Macron para uma "regeneração" da França. Em suas declarações no Ano Novo, Macron destacou a necessidade de uma reformulação industrial, econômica e cívica no país.

A nomeação de Attal foi elogiada pelo presidente, que afirmou contar com sua "energia e empenho" para implementar o projeto de regeneração. Contudo, o novo primeiro-ministro já enfrenta críticas de partidos de esquerda e associações de defesa dos imigrantes devido a medidas controversas, como a proibição das abayas nas escolas, adotadas durante seu período como ministro da Educação.

A reformulação do governo foi ironizada por partidos de esquerda, que argumentam que "mudar os cortesãos sem mudar o rei não mudará nada". O sistema semipresidencialista da França, onde o presidente mantém poderes significativos, levanta questões sobre o impacto real da mudança ministerial.

A saída de Élisabeth Borne ocorre em meio a reformas impopulares, incluindo a Lei de Imigração e a Reforma da Previdência, que geraram protestos em 2023. A aprovação da Lei de Imigração, com regras mais rígidas para imigrantes, e o controverso uso do artigo 49.3 na Reforma da Previdência foram apontados como fatores que contribuíram para a renúncia da ex-primeira-ministra.

Attal, ao lado do ministro do Interior, Gerald Darmanin, é visto como uma estrela em ascensão e um possível sucessor de Macron quando este deixar o cargo em 2027. No entanto, opositores alertam para discursos anti-imigração e conservadores adotados por ambos para ganhar popularidade e conter o avanço da extrema-direita.

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