Gases proibidos por destruírem a camada de ozônio atingem níveis recordes em 2020
Em estudo, cientistas alertam para o perigo
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Um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience nesta segunda-feira (3) mostra que cinco gases destruidores da camada de ozônio atingiram níveis recordes em todo o mundo em 2020. A quantidade desses clorofluorocarbonos (CFCs) na atmosfera aumentou significativamente por causa de brechas que não estão delimitadas no marco legal, o chamado Protocolo de Montreal.
Entre 2010 e 2020, os cientistas identificaram os seguintes aumentos percentuais:
4% no caso do CFC-115m, passando de 8.38 ppt em 2010 para 8.71 ppt em 2020
9% no caso do CFC-114a, passando de 1.03 ppt em 2010 para 1.13 ppt em 2020
9% no caso do CFC-13, passando de 3.04 ppt em 2010 para 3.31 ppt em 2020
19% no caso do CFC-112a, passando de 0.066 ppt em 2010 para 0.078 ppt em 2020
141% no caso do CFC-113a, passando de 0.43 ppt em 2010 para 1.02 ppt em 2020
Embora considerem o impacto atual da emissão desses cincos CFCs baixo para a camada de ozônio, um aumento contínuo dessas concentrações pode comprometer todo o progresso trazido pelo Protocolo, que é fundamental para evitar um aquecimento ainda maior do planeta até o fim do século. Por isso, apesar da proibição do uso de CFCs, os cientistas destacam a necessidade de esforços mais rigorosos de fiscalização e monitoramento da produção e do uso desses compostos.
Protocolo de Montreal
Assinado pelo Brasil, o Protocolo de Montreal é um tratado internacional que visa proteger a camada de Ozônio por meio da eliminação da produção e do consumo das substâncias responsáveis por sua destruição (SDO). O acordo é consequência da Convenção de Viena para Proteção da Camada de Ozônio.