Gastos com animais de estimação caíram devido à inflação, diz pesquisa

A alta da inflação que atinge o Brasil impactou, até mesmo, na vida dos pets: gastos com animais de estimação foram reduzidos em 44% entre brasileiros das classes ABC nos últimos seis meses, segundo pesquisa do C6 Bank/Ipec.

De acordo com o levantamento, 29% dos entrevistados pararam de comprar sachês, biscoitinhos, petiscos ou guloseimas para os pets, enquanto 35% diminuíram a frequência de compra desses produtos. Ainda segundo a pesquisa,16% cortaram a quantidade comprada de ração e 48% trocaram o tipo de ração por outro mais barato.

A inflação também prejudicou os momentos de lazer dos bichos. 26% das pessoas ouvidas na pesquisa pararam de gastar dinheiro com passeadores ou treinadores, e 46% deixaram de investir em brinquedos ou acessórios. Os animais também passaram a frequentar o pet shop com menor frequência — 56% dos tutores diminuíram gastos com banho e tosa ou pararam de usar o serviço.

Mesmo sendo uma necessidade básica dos animais de estimação, os cuidados médicos também estão na lista das despesas cortadas. De acordo com o C6 Bank/Ipec, 18% dos entrevistados eliminaram o gasto com veterinário, 34% diminuíram o gasto com o especialista, e 15% trocaram o profissional por um outro mais em conta. Por outro lado, 16% não mudaram o perfil de gastos, enquanto 17% não costumam recorrer a veterinários para cuidar do pet.

A pesquisa mostra que 69% dos brasileiros têm bichos de estimação em casa. O levantamento ouviu 2 mil brasileiros com acesso à internet e mais de 16 anos em todas as regiões do país. As entrevistas foram realizadas entre os dias 14 e 20 de julho de 2022, e a margem de erro é de 2 pontos percentuais.