Gastos com cartão corporativo caem R$ 149 mi durante 1º ano do Governo Lula
Dados foram extraídos do Portal da Transparência
Foto: Agência Brasil
Dados do Portal da Transparência mostram uma redução significativa nos gastos com cartão corporativo do governo federal em 2023 em comparação com o ano anterior.
Em 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, o Executivo gastou R$ 422,9 milhões. A menos de uma semana do fim de 2023, as despesas com o cartão estão em R$ 273,9 milhões, o que representa uma economia de R$ 149 milhões em relação ao ano passado.
Embora o governo Bolsonaro tenha reduzido os gastos com o cartão, 2022 registrou a segunda maior despesa da década, superada apenas por 2017, durante a gestão de Michel Temer, quando atingiu R$ 453 milhões. De 2013 a 2023, a média anual de gastos com o cartão corporativo foi de R$ 326 milhões.
No entanto, ao considerar apenas o cartão de pagamento do governo federal, os gastos da gestão Lula permanecem acima da média. De 2013 a 2023, a média anual foi de R$ 61,4 milhões. O maior gasto foi em 2022, ultrapassando os R$ 90 milhões. Em 2023, até o momento, o montante registrado foi de R$ 79,6 milhões. Atualmente, pouco mais de 5,9 mil pessoas possuem acesso ao cartão.
Em 2023, o órgão que mais utilizou recursos do cartão corporativo, descontando-se os gastos com defesa civil, foi a Presidência da República, gastando cerca de R$ 22 milhões, o que equivale a 28,42% da despesa. O Ministério da Justiça vem em seguida, com 26,33%, totalizando pouco mais de R$ 20 milhões. Os ministérios do Planejamento, Educação e Defesa ocupam as posições seguintes, com 10,28%, 9,09% e 7,82% dos gastos, respectivamente.
O cartão corporativo foi instituído durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso e é utilizado pelo presidente da República e outros ocupantes de cargos de alto escalão do governo para custear a compra de materiais funcionais, serviços relacionados à atividade e alguns produtos de uso pessoal.