General Gonçalves Dias pede ao STF autorização para não depor na CPI do MST
Ex-chefe do GSI alega "constrangimento ilegal" e pode permanecer em silêncio
Foto: Alexandre Bastos
O general Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) permissão para não comparecer à CPI do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A defesa do general alega que a convocação é um "manifesto constrangimento ilegal", apontando que a convocação parece ter natureza predominantemente política, sem relação com o foco das investigações da comissão.
Caso o STF não acate o pedido de ausência, a defesa requer que Gonçalves Dias possa permanecer em silêncio durante o depoimento e seja acompanhado por advogados.
O habeas corpus ainda não foi distribuído no STF, que está em recesso até o fim de junho. Durante esse período, a Suprema Corte decide apenas questões urgentes em regime de plantão.
A convocação do ex-chefe do GSI faz parte da CPI que investiga a atuação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no monitoramento de invasões de terra durante o governo atual. Gonçalves Dias já é investigado pelos ataques golpistas de 8 de janeiro, também objeto de outra CPI em andamento, onde imagens do circuito interno do Palácio do Planalto o mostram presente durante os atos de vandalismo.