Genética aumenta risco de obesidade nas mulheres
Segundo o estudo, os homens não correm esse risco
Foto: Reprodução
Estudo publicado no American Journal of Human Biology mostra que existe forte associação entre o gene associado à obesidade fat mass and obesity-associated gene (FTO) e o risco de obesidade abdominal em meninas. Nos meninos, isso não acontece. A investigação realizada na Faculdade de Coimbra mostra que para as mulheres, esta associação positiva oferece alto risco da obesidade abdominal.
O estudo foi recentemente publicado e a amostra foi feita em um número razoável de crianças, sendo 213 meninas e 227 meninos. Entre 3 e 11 anos.O estudo também mostra que a atividade física pode moderar os efeitos do gene da obesidade independente do sexo da pessoa. Mas isso só em adultos. Nas crianças é indiferente.
"Surpreendentemente, verificamos que a prática de atividade física, seja maior ou menor, não vai atenuar a influência do gene FTO no ganho de peso corporal em crianças, ao contrário do que se verifica em adultos, como já foi demonstrado em estudo anteriores feitos em jovens adultos", afirma Licínio Manco, especialista em genética e primeiro autor do artigo publicado.
Comentando as conclusões do estudo, o pesquisador da FCTUC entende que estes resultados devem ser consolidados em amostras maiores e em estudos longitudinais porque "existem alguns trabalhos que sugerem que a prática de atividade física pode atenuar a influência de risco para obesidade em crianças".
As meninas são um grupo de maior risco por serem mais sedentárias e mais suscetíveis a ganhar peso.
