Gestantes e a vacinação
Confira o editorial desta terça-feira (12)
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Foto: Reprodução
A iminência de vacinas contra a covid-19, definição de grupos prioritários e estratégias de cobertura geram esperado questionamento sobre o potencial impacto dessa imunização em gestantes, puérperas e lactantes.
O assunto está em debate na Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia). Para a entidade, esse grupo populacional não integrou os estudos clínicos sobre as pesquisas de vacinas contra esta doença. Por essa razão, ainda não há informações sobre os efeitos dessas vacinas em gestantes.
A ginecologista Cecilia Roteli Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo, explica que atualmente há mais de cem vacinas em desenvolvimento para prevenção da covid-19, a partir de diferentes tecnologias. Segundo ela, além da segurança e eficácia, é preciso avaliar se as vacinas poderiam estar associadas à ocorrência de aborto, parto pré-termo, má-formação ou outras complicações gestacionais.
Ela tem razão. Ainda há poucos estudos publicados sobre essas vacinas em veículos médicos reconhecidos. O mais sensato é mesmo aguardar o impacto da imunização na população geral para avaliarmos sua aplicação em gestantes e puérperas. A médica, aliás, não recomendaria a vacinação nesse perfil de mulheres.
Outro ponto de atenção diz respeito às mulheres que planejam engravidar. No entendimento da federação, recomenda-se que a concepção ocorra somente após o recebimento das duas doses da vacina. Caso uma mulher descubra que está grávida após receber a primeira dose, orienta-se que ela aguarde o parto e finalização do puerpério para receber a segunda dose do imunizante.