Gilmar Mendes defende quebra de sigilo pessoas que promoveram ato contra democracia
Declaração foi dada em entrevista à Globonews
Foto: Carlos Moura/SCO/STF
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta segunda-feira (20) que a Polícia Federal (PF) peça a quebra de sigilo telefônico e bancários das pessoas que tenham participado da promoção de manifestações em defesa de medidas contrárias à democracia, como a ocorrida no último domingo em Brasília. No ato, manifestantes pediam o fechamento do STF.
Entre os manifestantes, havia defensores do fechamento do Congresso, da reedição do AI-5. Mendes repudiou a volta da ditadura e afirmou que trata-se de ameaça contra a democracia, o que, em suas palavras, "deve ser coibido".
Mendes disse que lhe pareceu "exorbitante" a presença de Bolsonaro no ato, mas afirmou que já houve uma "retificação", pelas declarações do presidente nesta segunda-feira, quando afirmou ser um defensor do "Supremo aberto e transparente" e do "Congresso aberto e transparente".
O ministro disse ainda na entrevista à Globonews, que eventuais decretos do presidente Jair Bolsonaro que ponham fim ao isolamento social poderia levar a uma responsabilização em âmbito penal do presidente.
“Se o presidente baixasse um decreto fazendo um liberou geral certamente isso seria suspenso. Ou pelo congresso, ou pelo Supremo Tribunal Federal. Ele (Bolsonaro) estaria atuando além de sua competência. Eu não tenho preocupação em relação a isto, destacou Mendes.