Gilmar Mendes vota contra liberação de celebrações religiosas presenciais
Julgamento foi suspenso e será retomado nesta quinta (8)
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O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, votou contra a liberação para a realização de celebrações religiosas presenciais, como cultos e missas. O ministro foi o primeiro a votar e abriu divergência contra o ministro Kássio Nunes Marques, que deve ser o primeiro a votar nesta quinta-feira (8), quando a sessão será retomada.
Mendes rejeitou ação do partido PSD, que pedia a derrubada do decreto estadual que proibiu cultos e missas em São Paulo devido à pandemia da Covid-19.
“Quer me parecer que apenas uma postura negacionista autorizaria resposta em sentido afirmativo, uma ideologia que nega a pandemia que ora assola o país e que nega um conjunto de precedentes lavrados por este tribunal durante a crise sanitária que se coloca”, escreveu o ministro.
O ministro também lamentou o número de mortes causado pela Covid-19 e disse que o advogado-geral da União, André Mendonça, parece ter vindo de uma “viagem a Marte e que estava descolado de qualquer responsabilidade institucional”.
“Parece que está havendo um certo delírio. É preciso que cada um de nós assuma sua responsabilidade”, continuou o ministro. O país registrou 3.829 mortes por COVID-19 em 24h nesta quarta (7). São mais de 340 mil mortos pela doença.