Gleisi Hoffmann diz que agentes do GSI filmados no 8 de janeiro eram do governo Bolsonaro
‘Dias sai, mas investigações continuam’, escreveu a presidente do PT nas redes sociais
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) filmados durante os atos de 8 de janeiro eram ligados ao governo Bolsonaro. As declarações foram publicadas nas redes sociais da petista nesta quarta-feira (19).
Vídeos que mostram o general Gonçalves Dias, do GSI, no Palácio do Planalto durante os ataques contra os Três Poderes, foram publicados nesta quarta pela CNN. O ministro pediu demissão após a divulgação das imagens.
“Agentes filmados colaborando com invasores do Planalto eram do governo Bolsonaro, do GSI do general Heleno, que ainda não haviam sido substituídos. O general Gonçalves Dias sai, mas as investigações continuam. Não adianta vir com armação: Invasores, terroristas e golpistas eram todos da turma de Bolsonaro. Vão pagar por seus crimes”, disse Gleise no Twitter.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, assumirá o comando interino do GSI depois da saída o general Gonçalves Dias, anunciada nesta quarta-feira (19).
É a primeira baixa no alto escalão do governo Lula, pouco tempo depois de completar 100 dias. Além de Dias, o presidente também decidiu pela exoneração do secretário-executivo do GSI, Ricardo José Nigri.
No vídeo divulgado nesta quarta (19), o general Gonçalves Dias, aparece caminhando sozinho no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República. Ele tenta abrir duas portas e depois entra no gabinete. Depois de alguns minutos, o ministro caminha pelo mesmo corredor com alguns invasores, o que sugere que ele indica a saída de emergência ao grupo de criminosos. Na sequência também aparecem outros integrantes do GSI, que parecem indicar também o caminho de saída para os invasores que estavam no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Em entrevista à TV Globo, Gonçalves Dias disse que estava no local para retirar os invasores. "Eu cheguei ao palácio quando os manifestantes tinham rompido o bloqueio militar na altura do Ministério da Justiça. A maior parte subiu pela rampa. Como o palácio tem vidro, as pessoas quebraram os vidros. Não entraram pelas portas. É um vidro extremamente vulnerável", afirmou Dias, que é general.