Glifosato deixa de ser considerado "extremamente tóxico" no Brasil
Agrotóxico é o mais vendido no país e no mundo
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O cenário mundial não está nada favorável aos fabricantes de glifosato. O herbicida encara vetos em países da Europa e mais de 18 mil ações em tribunais dos Estados Unidos que relacionam a utilização com doenças como câncer. Contudo, no Brasil, o agrotóxico mais comercializado no mundo conseguiu a licença para venda renovada e também se tornou oficialmente menos perigoso aos olhos do governo brasileiro.
A nova visão do governo sobre o produto acontece após a reclassificação de toxicidade aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 93 produtos elaborados à base de glifosato e tiveram a classificação de toxicidade diminuída, de acordo com levantamento inédito produzido pela Agência Pública e Repórter Brasil baseado na publicação no Diário Oficial.
Anteriormente, 24 produtos à base do herbicida eram considerados "Extremamente Tóxico". Já agora, não há qualquer produto enquadrado na categoria máxima de toxicidade. O levantamento apontou que três produtos permaneceram na mesma classe toxicológica.
Alto número de vendas no Brasil e no Mundo
Há mais de 40 anos no mercado mundial, o glifosato é líder de vendas no Brasil e no mundo. Atualmente em terras brasileiras, existem 102 produtos técnicos, duas pré-misturas e 123 produtos formulados à a base do ingrediente ativo glifosato. São utilizados para o controle de mais de 150 plantas infestantes em diversificados cultivos de soja, café e até feijão, maçã e uva. Em 2017, 173 mil toneladas do produto foram comercializadas no Brasil, de acordo com dados divulgados pelo Ibama.
