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Governador do Rio descarta motivação política na morte de médicos

Cláudio Castro diz que governo está lidando com uma verdadeira máfia

Por Da Redação, Agência Brasil
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Governador do Rio descarta motivação política na morte de médicos

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse que está “completamente” descartada a motivação política no assassinato de um médico baiano e outros dois colegas de profissão em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste, na madrugada dessa quinta-feira (5). A declaração foi dada nesta sexta-feira (6), após reunião com o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, no Palácio Guanabara, sede do executivo estadual.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a hipótese de que os ortopedistas tenham sido mortos por engano. Uma das possibilidades investigadas pela polícia para a execução dos médicos no Rio de Janeiro é a semelhança física entre o baiano Perseu Ribeiro de Almeida, de 33 anos, e o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, de 26.

Os homens suspeitos pela morte dos médicos seriam integrantes de um grupo criminoso que controla negócios ilícitos em comunidades da zona oeste do Rio.

A polícia acredita que o engano e a grande repercussão da notícia desagradaram lideranças do Comando Vermelho, facção à qual o grupo criminoso - suspeito de matar os médicos - estaria vinculado. As lideranças da facção teriam ordenado a morte dos assassinos dos ortopedistas.

A hipótese foi levantada depois que a Polícia Civil encontrou, na madrugada desta sexta-feira, os corpos de quatro pessoas em dois carros. Dois dos mortos foram identificados como suspeitos de envolvimento nos assassinatos dos médicos. Outros dois ainda não foram identificados.

Castro destacou que as investigações continuam. “Nós não iremos parar por aqui. Não é porque se acharam corpos que as investigações vão terminar. Elas serão ampliadas. Iremos até o fim para que a gente possa combater essa máfia e a guerra que eles estão provocando”.

Segundo o governador do Rio, não se trata mais de uma briga de milicianos e traficantes. “Nós estamos falando de uma verdadeira máfia. Uma máfia que hoje é mais do que foi o tráfico de drogas ou de armas. Uma máfia que verdadeiramente tem entrado nas instituições, nos poderes, no comércio, nos serviços, inclusive no sistema financeiro nacional, que infelizmente tem seus próprios tribunais ampliando esse poder nas mais diversas esferas. É uma máfia que vem se expandindo em todo o território nacional ”, disse Castro.

Crime

Quatro médicos estavam em um quiosque na orla da Barra da Tijuca, na zona oeste da cidade, quando homens em um carro pararam no local e dispararam contra as vítimas. Apenas um sobreviveu. As vítimas são Marcos de Andrade Corsato, Diego Ralf de Souza Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida.

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