Governistas admitem falha de Gonçalves Dias, mas não de dolo militar
Oposição protocola documento com pedido de prisão preventiva do general
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Governistas admitiram que houve uma falha na gestão do general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, durante as invasões, mas não dolo do militar. O comentário foi feito após o depoimento de G. Dias na quinta-feira (31), à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.
No depoimento, o militar disse que deveria ter sido "mais duro" da repressão dos atos, mas afirmou que tomou "todas as ações" que estavam ao seu alcance.
O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues, disse que o general "subestimou uma tentativa de golpe".
“Esse plano golpista contava, sim, com elementos do GSI deixados pelo bolsonarismo e deixados pelo general Heleno. O que esse depoimento deixa claro é que houve uma tentativa de golpe organizada. O general Dias subestimou essa tentativa de golpe. Talvez essa seja a única alegação que possa restar a ele. Não cabia a ele estar aqui [da CPMI]. Caberia ao general Heleno estar aí e outros militares do GSI”, afirmou.
Os parlamentares da oposição argumentaram que o general teve falas contraditórias e pediram a prisão preventiva do ex-ministro, ao protocolar um documento com 23 assinaturas na Procuradoria-Geral da República (PGR).