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Governo Bolsonaro teria dito em 2019, à Casa Branca que fim de Maduro estava próximo

A informação consta no livro de John Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump

Por Da Redação
Ás

Governo Bolsonaro teria dito em 2019, à Casa Branca que fim de Maduro estava próximo

Foto: Reprodução / Twitter Presidente Bolsonaro

O ex-conselheiro de Segurança Nacional do presidente Donald Trump, John Bolton, afirma em seu livro ‘The Room Where It Happened: A White House Memoir (A Sala Onde Tudo Aconteceu: Memórias da Casa Branca), publicado nesta semana, que o governo de Jair Bolsonaro afirmou à cúpula da Casa Branca que o regime de Nicolás Maduro estava prestes a cair, no início de 2019. 

Com 592 páginas, o livro é um relato detalhado de um presidente que, segundo o ex-conselheiro, seria inepto ao cargo. Um dos capítulos do livro é dedicado à crise na Venezuela, justamente no momento em que Juan Guaidó se auto-declara presidente, no começo de 2019. 

No livro, Bolton deixa claro que um dos objetivos de Trump é o de derrubar Maduro. Mas que o fracasso foi culpa, acima de tudo, da hesitação americana. Para o ex-conselheiro, estava na hora de retomar a Doutrina Monroe, depois que Barack Obama tentou a derrubar. O medo era a influência russa e chinesa na região.

O ex-conselheiro descreve um governo americano incapaz de agir de forma coerente na região. Segundo ele, em agosto de 2018, Trump se queixou de que estava já pedindo pela quinta-feira que seus assessores montassem um plano para derrubar Maduro. "Get it done", disse. 

O capítulo descreve como Trump teria dito que uma invasão na Venezuela seria "cool" e pediu que opções militares fossem desenhadas. Num outro trecho, Trump ainda teria dito que Caracas "é realmente parte dos Estados Unidos". O objetivo, porém, não era exatamente o de transformar a vida dos venezuelanos. Mas ampliar a popularidade na comunidade latina, principalmente na Flórida.

O presidente dos EUA, por exemplo, queria garantias de que, em uma Venezuela pós-Maduro, o acesso ao petróleo estaria garantido para os EUA e que a queda do regime não significasse a continuação dos contratos de China e Rússia.

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