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Governo cria "sala de situação" e prepara medidas para evitar racionamento de energia

Suspensão de hidrovias e de irrigação devem constar entre as recomendações

Por Da Redação
Ás

Governo cria "sala de situação" e prepara medidas para evitar racionamento de energia

Foto: Reprodução/Oficina da Net

Em meio a uma das maiores secas na região das principais hidrelétricas do país, o governo decidiu criar um “sala de situação” para acompanhar o suprimento de energia elétrica e tomar medidas para garantir que não faltará eletricidade no país. Além do Ministério de Minas e Energia (MME), Agricultura, Infraestrutura, Economia, as agências de energia (Aneel) e de águas (ANA) compõem o grupo, que é coordenado pela Casa Civil da Presidência da República.

Uma das primeiras medidas tomadas foi a decisão de fazer um leilão extra para a contratação de termelétricas que atualmente não fazem parte do sistema de fornecimento de energia do país. O governo descarta, neste momento, a possibilidade de racionamento de energia, mas integrantes do Ministério de Minas e Energia dizem estar preparados para o “pior cenário”.

O principal objetivo da sala é tomar medidas conjuntas para garantir que chegue água às hidrelétricas e que essa água seja usada para gerar energia. Um problema que se tornou comum no setor é o uso múltiplo da água, que acaba reduzindo a eficiência das hidrelétricas. Quando o nível dos reservatórios está bom, isso não é um problema, porque é possível dividir o uso da água.

Por isso, duas medidas que devem ser tomadas no médio prazo são a suspensão de navegação por hidrovias e a suspensão do uso da água para irrigantes. O governo pretende com isso armazenar água nos reservatórios para usar nos momentos de pico da demanda e evitar, assim, que haja apagões. O governo também está intensificando a geração por usinas termelétricas.

Para se ter ideia do peso que estas usinas já representam no sistema neste ano, na última semana de maio foram usados 12.606 megawatts (MW) médios por dia, o dobro do que foi utilizado em igual período do ano anterior. Dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) apontam que de setembro a abril foi o período em que menos entrou água das chuvas nas barragens em ao menos 90 anos, ou seja, foi a pior afluência nos reservatórios das regiões das hidrelétricas desde que isso começou a ser registrado, em 1931.

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