Governo desembolsou R$ 7,6 milhões para seguro-desemprego a mortos, aponta CGU
Benefício é destinado a trabalhadores demitidos sem justa causa
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A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que o governo pode ter pagado, de maneira irregular, cerca de R$ 97,239 milhões em seguros-desemprego solicitados no ano passado. Esse benefício é destinado a trabalhadores demitidos sem justa causa.
Para análise dos dados, finalizado na última sexta-feira (20), o órgão verificou os números do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) de 2021.
No caso do seguro-desemprego, a auditoria compreendeu 2,641 milhões de requerimentos realizados entre 4 de janeiro e 8 de outubro. As solicitações são de trabalhadores demitidos no primeiro semestre do ano passado.
Ao todo, a CGU verificou potenciais fraudes em 28,2 mil requerimentos, que resultaram no pagamento de 72 mil parcelas. Sendo assim, as irregularidades representam cerca de 1% dos requerimentos avaliados.
Como explica o órgão, além de R$ 7,608 milhões a pessoas com indicativo de óbito, foram identificados pagamentos indevidos em quantias de R$ 78,608 milhões a beneficiários com outro vínculo ativo ou aposentados e pensionistas de órgãos públicos, e de R$ 9,937 milhões a beneficiários demitidos por justa causa ou a pedido.
A CGU também analisou “situações de risco” que, mesmo sem representar falhas de controle, podem resultar em pagamentos em desacordo com os objetivos pretendidos pelo programa.