Política

Governo Lula analisa atuação policial em atentados e concede reajuste salarial

Auxiliares do presidente apontam conivência e omissão das forças policiais durante os ataques em Brasília

Por Da Redação
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Governo Lula analisa atuação policial em atentados e concede reajuste salarial

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após os atentados ocorridos em 8 de Janeiro, auxiliares do presidente Lula levantaram suspeitas sobre a atuação das forças policiais durante os ataques nas sedes dos Três Poderes em Brasília. Além do movimento articulado por uma ala das Forças Armadas, foi apontada a conivência e omissão das tropas policiais, que não agiram para conter os invasores. Durante o vandalismo, policiais militares foram flagrados em conversas amigáveis com manifestantes, aumentando as suspeitas de alinhamento com Jair Bolsonaro.

Em resposta a esses acontecimentos, o entorno de Lula passou a defender a concessão de um antigo pleito da categoria policial: o reajuste salarial. O objetivo era demonstrar apoio às tropas. Ricardo Capelli, ex-interventor na segurança pública do Distrito Federal, foi um dos principais defensores do aumento salarial e buscou aproximação com as polícias.

Apesar da Polícia Militar do Distrito Federal ser a segunda mais bem paga do país, com remuneração média de 8,5 mil reais, o governo federal acabou aceitando o reajuste e concedeu um incremento de 18% aos policiais militares, civis e bombeiros do DF. O aumento foi aprovado pelo Congresso e será pago em duas parcelas, sendo a primeira imediatamente e a segunda em janeiro do próximo ano.

A PM do Distrito Federal recebeu especial atenção do governo federal por ser vista como um indicador da temperatura das demais polícias do país. Segundo auxiliares do governo, se a PM estiver desestabilizada no Distrito Federal, isso pode repercutir em todo o Brasil. O próximo passo será estimular que parlamentares de esquerda direcionem emendas para as categorias de segurança, incluindo equipamentos e investimento em projetos prioritários.

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