Governo Lula critica assassinato de chefe do grupo terrorista Hamas
'Violência não contribui para estabilidade e paz duradouras', diz nota do Itamaraty
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou uma nota nesta quarta-feira (31) para condenar o assassinato de Ismail Haniyeh, chefe do grupo Hamas, em Teerã.
Haniyeh foi morto durante estadia na capital iraniana para a posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian. A informação foi confirmada pelo Hamas e pela Guarda Revolucionária do Irã.
Na nota, o MRE descreve Haniyeh como "chefe do Escritório Político do Hamas" e repudia o ataque, classificando-o como um desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, além de uma violação aos princípios da Carta das Nações Unidas. O governo brasileiro enfatiza que atos de violência, independentemente de sua motivação, não contribuem para a estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio.
O comunicado do Itamaraty ressalta que tais ações dificultam as chances de uma solução política para o conflito em Gaza e impactam negativamente as negociações para um cessar-fogo e a libertação de reféns. O governo brasileiro apela para que todos os envolvidos no conflito exerçam máxima contenção e para que a comunidade internacional promova o diálogo para conter o agravamento das hostilidades.
Por fim, a nota reitera a necessidade de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em cumprimento à Resolução 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, como essencial para interromper a grave escalada de tensões na região.