Governo manda para o Congresso cortes no Orçamento para adicionar Pé-de-Meia
Executivo elaborou ofício para adaptar peça orçamentária; Comissão Mista de Orçamento deverá votar texto na semana que vem

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), declarou nesta quarta-feira (12) que o governo já mandou para o Legislativo o ofício que prevê cortes no Orçamento.
As propostas de alterações visam promover a introdução de programas sociais, como o programa Pé-de-Meia. Os ajustes ainda procuram beneficiar o Auxílio Gás, que no momento tem somente R$ 600 milhões reservados na peça orçamentária.
Segundo o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Julio Arcoverde (PP-PI), o ofício com as adequações elaboradas pelo governo já está sendo examinado pelo relator do Orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA).
O documento contém a recomendação dos valores a serem alterados no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), que deve ser votado na semana que vem.
É previsto que o relator divulgue seu parecer no domingo (16). Ele esperava o envio do ofício para se inclinar sobre as alterações que deverão ser realizadas. Na terça-feira (11), ele declarou que os ajustes conseguiriam ultrapassar os R$ 20 bilhões, porém que atuariam para reduzir o montante.
Angelo Coronel deverão se reunir com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, na tarde desta quarta (12).
Pela manhã, na reunião com o presidente da CMO, ainda estiveram presentes Randolfe Rodrigues, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), e o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).
Ainda pela manhã, Gleisi esteve em um encontro com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e lideranças do governo, para falar sobre o assunto.
As reuniões fazem parte das agendas de Gleisi como nova responsável pela articulação política, cargo que assumiu oficialmente nesta semana.
A proposta da LOA de 2025 deve ser votado na Comissão Mista de Orçamento até a próxima quarta-feira (19). Depois, será examinado no plenário do Congresso em sessão conjunta de deputados e senadores.