Governo pede privatizações e corte de benefícios de servidores a governadores
De acordo com Guedes, o "mais urgente é a saúde e educação; é o atendimento à população"
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom | Agência Brasil
Cobrado pelos governadores desde o início do ano, o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal aos Estados foi entregue nesta terça-feira (4) no Congresso Nacional. O texto, conhecido como Plano Mansueto, é tido como uma forma de recuperar as contas em curto prazo. Isso porque a reforma da Previdência é defendida como a principal forma de ajustar as finanças em longo prazo.
Nesta terça, o ministro da Economia Paulo Guedes, disse em audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que o socorro será dado independente de partido político, desde que os governantes se enquadrem em pelo menos três das oito medidas propostas. "Sem distinção de oposição e de situação. Quem quiser fazer as reformas, passa no Valderi [Valderi Rodrigues, secretário de Fazenda], no Mansueto [Mansueto Almeida, o secretário do Tesouro Nacional], que o dinheiro está lá".
No texto, as medidas propostas giram em torno de privatizações de empresas dos setores financeiro, de energia, de saneamento ou de gás; redução de incentivos fiscais; revisão de benefícios dados aos servidores; e adoção de medidas que limitem aumentos de gastos.
De acordo com Guedes, não é possível dar reajuste ao funcionalismo enquanto o "mais urgente é a saúde e educação, é o atendimento à população".
O Projeto de Lei terá que ser analisado tanto na Câmara quanto no Senado Federal antes de passar a valer.