Governo tem déficit primário de R$ 39,2 bilhões, o segundo maior para meses de maio
Número só perde para o registrado em maio de 2020, no início da pandemia da Covid-19
Foto: José Cruz/Agência Brasil
As contas públicas registraram o segundo maior resultado negativo nas contas públicas para os meses de maio em razão da antecipação do décimo terceiro para os aposentados e dos gastos com o Auxílio Brasil. O Governo Central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – registrou, no último mês, um déficit primário de R$ 39,213 bilhões.
O número representa o maior déficit desde o início da série histórica, em 1997, ficando atrás apenas de maio de 2020, no início da pandemia de Covid-19.
A pesquisa Prisma Fiscal, divulgada mensalmente pelo Ministério da Economia, aponta que os analistas de mercado esperavam resultado positivo de R$ 23,1 bilhões em maio.
Em relação a maio do ano passado, o déficit primário cresceu 68,1%, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Ainda assim, em razão dos superávits obtidos em janeiro e abril, o Governo Central acumula resultado positivo de R$ 39,213 bilhões nos cinco primeiros meses de 2022, melhor resultado para o período desde maio de 2012.
O número primário aponta as diferenças entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. Mesmo com superávit acumulado no ano, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estipula meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões em 2022.
No fim de maio, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas reduziu a estimativa de déficit para R$ 65,5 bilhões, mas o cumprimento das metas fiscais leva em conta o valor da LDO.
