Grupos quilombolas denunciam resposta do Governo ao apagão no Amapá
Integrantes denunciam que mais de 250 comunidades rurais estão sem água e alimentos

Foto: Reprodução/G1
A resposta do governo de Jair Bolsonaro ao apagão no Amapá foi denunciada na Comissão Interamericana de Direitos Humanos e grupos pedem que a entidade internacional tome medidas cautelares. A iniciativa é da CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas) e Terra de Direitos. Segundo eles, 258 comunidades rurais quilombolas estão há 18 dias sofrendo sem acesso à água potável, eletricidade e, em muitos casos sem alimentos.
Na sexta-feira (20), os grupos solicitaram que a CIDH se pronuncie para garantir a defesa da vida e da integridade física das comunidades quilombolas do estado do Amapá. No documento, a Conaq e a Terra de Direitos solicitam à CIDH que atue para determinar ao governo brasileiro o "restabelecimento imediato dos serviços de distribuição de energia elétrica em todo Estado.
As entidades ainda querem que a Comissão Interamericana cobre do governo brasileiro que envie ajuda humanitária para as populações quilombolas afetadas, incluindo distribuição imediata de água potável e à alimentação. Também é solicitado que se garanta a infraestrutura necessária para que todas as pessoas das comunidades afetadas tenham acesso aos hospitais e a tratamento de saúde adequados.