Guerra na Ucrânia completa 3 meses com rastro de destruição, refugiados e civis mortos
Conflito provocou a saída de mais de 6 milhões de pessoas do país e vitimou 3.309
Foto: UNDP Ukraine/Oleksandr Ratushnia
A guerra na Ucrânia completa nesta terça-feira (24) três meses desde a ordem de invasão dada por Vladimir Putin, classificada como "operação militar especial". De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito já deixou milhões de refugiados e causou trilhões em danos e prejuízos.
Com base nos dados da Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), 6.552.971 milhões de pessoas deixaram o país desde o início da guerra. A ONU também verificou 2.048.500 entradas no país.
Cerca de 3.309 civis morreram durante os confrontos. A agencia alerta que esses números podem ser muito maiores, já que diversas partes do país estão sitiadas e sem a possibilidade de acesso por parte de funcionários da ONU.
Conforme as autoridades da Ucrânia, a guerra gerou R$ 3,4 trilhões em danos à infraestrutura do país e prejuízos em negócios. A nação contava com ajuda dos Estados Unidos, que prometeu mais uma doação de cerca de R$ 200 bilhões a Kiev, que incluem armas, ajuda humanitária e verbas para a manutenção do governo da Ucrânia.
Outro marco para o conflito foi a ocupação russa da usina siderúrgica de Azovstal, último reduto de resistência ucraniano em Mariupol. Aproximadamente 2,5 mil combatentes do exército da Ucrânia e do Batalhão de Azov teriam se rendido após semanas sitiados na fábrica.
Em reflexo da guerra, Finlândia e Suécia divulgaram suas candidaturas à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A aliança, no entanto, não agradou Moscou, que prometeu retaliações a finlandeses e suecos em caso de adesão ao grupo.