Guerra na Ucrânia completa sete meses neste sábado (24)
Mais de 6 mil pessoas já morreram desde a invasão russa
Foto: ONU/Loey Felipe
Completando 7 meses neste sábado (24), a guerra na Ucrânia já matou mais de 6 mil civis, incluindo 379 crianças. Além disso, dados do Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram mais de 8,6 mil feridos. Apesar dos números, o sofrimento causado pelo conflito não se limita ao território ucraniano.
Em todo o mundo a população percebe a disparada do preço internacional do petróleo e do gás natural. Além de pesar no bolso dos motoristas, a inflação dos combustíveis encarece todos os bens e serviços que dependem de transporte. A escalada nos preços dos alimentos é outra grave consequência da crise militar na Europa.
Rússia e Ucrânia, os dois países envolvidos na guerra, estão entre os principais produtores de grãos do planeta. Os russos, por exemplo, são os maiores exportadores mundiais de trigo, o que representa mais de 18% do comércio internacional deste produto. Além disso, a Rússia lidera o comércio global de fertilizantes. Diante do crescimento no custo de vida, a ONU reforça alertas para o risco de uma severa crise alimentar no mundo. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um novo apelo aos países na cooperação contra a fome.
“Para aliviar a crise mundial dos alimentos nós precisamos abordar com urgência a crise no mercado global de fertilizantes. Esse ano o mundo tem comida o suficiente, e o problema é a sua distribuição. Mas se o mercado de fertilizantes não for estabilizado, o problema do ano que vem pode ser a própria oferta de alimentos”, declarou Guterres na Assembleia Geral da ONU.