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Há dois anos sem solução, ONU diz que o fim da guerra na Ucrânia está distante

No país, crise humanitária afeta 40% da população

Por Da Redação
Ás

Há dois anos sem solução, ONU diz que o fim da guerra na Ucrânia está distante

Foto: Acnur/Alina Kovalenko

A invasão da Ucrânia pela Rússia completa dois anos neste sábado (24). Apesar das condenações da escalada da violência pela Organização das Nações Unidas (ONU) e dos apelos por um cessar-fogo, o fim da guerra ainda parece estar distante. Com mais de 10,5 mil civis mortos e 19,8 mil feridos, a situação permanece crítica.

O porta-voz da ONU na Ucrânia, Saviano Abreu, demonstra preocupação com a continuidade da guerra e observa que o número de bombardeios continua aumentando.

“A guerra não acabou e infelizmente a gente não se vê e fala tanto mais da Ucrânia nos noticiários, nas manchetes dos jornais. Mas isso não quer dizer que a situação melhorou. Pelo contrário, está piorando muito. Nós vimos usando no ano passado o número de bombardeios e ataques crescer”, disse.

“Foi mais do que em 2022, quando essa rápida intensificação da guerra começou, o ano passado foi ainda pior. E o problema maior é que a situação perto da frente de batalha, as pessoas que moram nas zonas mais afetadas pela guerra, estão chegando a uma situação realmente catastrófica, de calamidade”, completou. 

Em toda a Ucrânia, a infraestrutura civil foi destruída e danificada: prédios residenciais, hospitais, escolas e instalações de energia. Além disso, a economia do país está prejudicada. Assim, a quantidade de ucranianos que precisam de ajuda humanitária não para de crescer. Segundo Saviano Abreu, o número atual se aproxima de quase 15 milhões de pessoas.

“É quase 40% de toda a população da Ucrânia que hoje precisa do mais básico para sobreviver. Isso é em todo o país, mas a situação é muito pior em áreas perto da frente de batalha, lá tem mais ou menos 3,3 milhões de pessoas nos dois lados, nas áreas ocupadas pela Rússia, mas também nas áreas com controle do governo na Ucrânia, que precisam da ajuda humanitária”, afirmou. 

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