Hemodiálise diária de curta duração é melhor opção para o paciente, aponta estudo
Segundo a pesquisa, é o tratamento que mais se aproxima da filtração normal
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Os indivíduos com doença renal crônica que passam por tratamento de hemodiálise diária de curta duração (HCD) têm melhorias na qualidade de vida e redução de complicações a longo prazo, além de precisarem de menos medicamentos e hospitalização, se comparado aos submetidos à hemodiálise convencional.
O levantamento foi feito por pesquisadores da Universidade Católica de Brasília (UCB) e publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle em 25 de janeiro.
Na hemodiálise diária de curta duração, o paciente fica no procedimento que filtra as toxinas do sangue por duas horas, seis a sete dias por semana. Na diálise convencional, o indivíduo faz quatro horas por três vezes por semana, em dias alternados. Nesses dois casos, são 12 horas de hemodiálise semanal.
Ao analisar a evolução de 178 pacientes brasileiros com doença renal crônica em estágio cinco – dos quais 86 (48%) estavam em HCV e 92 (51%) em HCD –, os pesquisadores observaram que os do segundo grupo conseguiam alcançar uma melhor remoção de toxinas do sangue.
O estudo não demonstrou que os pacientes tenham maior sobrecarga ou desgaste com a maior frequência do tratamento. Pelo contrário, os resultados mostraram a melhoria em parâmetros como a força muscular e a capacidade de caminhada, o que sugere boa tolerância à HCD.