Holanda pede desculpas por mais de 250 anos de escravidão: "foi um crime de lesa humanidade"
A declaração foi feita nessa segunda-feira (19) pelo primeiro-ministro Mark Rutte

Foto: Reprodução/Twitter
Em nome do governo do país, o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, pediu perdão pelo papel do Estado durante o período da escravidão local, que durou de 1621 a 1873. A declaração, onde o líder afirmou que "a escravidão foi um crime de lesa humanidade", foi feita em discurso no Arquivo Nacional, em Haia, nessa segunda-feira (19).
De acordo com Rutte, o sistema infringiu "sofrimentos indescritíveis" e, em razão disso, a escravidão precisa ser reconhecida e condenada "nos termos mais claros". "Durante séculos, o Estado holandês e seus representantes permitiram, fomentaram, mantiveram e se beneficiaram da escravidão."
"Pessoas se tornaram mercadorias, exploradas e abusadas", lamentou o premiê. "Hoje, em nome do governo holandês, peço desculpas pela ação do Estado holandês no passado", completou.
Em sua declaração, o primeiro-ministro holandês ainda admitiu que, por muito tempo, ele pensou que "não é possível assumir a responsabilidade de maneira significativa", por algo registrado no passado e que não se foi testemunha em pessoa.
Atualmente, ele considera uma visão equivocada, já que os "séculos de opressão e exploração" ainda seguem afetando a sociedade atual.