Hospital de Campanha da prefeitura foi contratado sem licitação e custou R$ 51 milhões aos cofres públicos
Governador pediu CPI para investigar gasto da gestão de ACM Neto

Foto: Victor Silveira
Citado pelo governador Rui Costa (PT) como um dos hospitais municipais de Salvador que deveriam ter os contratos investigados, o Hospital de Campanha do Wet’n Wild foi gerido com dispensa de licitação de R$ 51 milhões.
Enquanto o hospital ficou ativo, dois contratos foram fechados com dispensa de licitação pela gestão municipal com a Associação Saúde em Movimento (ASM), que administrou o Hospital de Campanha.
O primeiro tinha um valor de R$ 30,4 milhões e orientava a organização social atuar na “gestão, planejamento, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde no Hospital de Campanha”. O documento foi publicado no dia 9 de abril de 2020 no Diário Oficial.
O segundo, também com dispensa de licitação custou aos cofres públicos R$ 21,6 milhões por 180 dias. Não há a informação de quanto a Prefeitura gastou ao fim dos dois contratos.
Por meio de nota a prefeitura afirmou que "no caso do Hospital de Campanha Wet’n Wild, tanto o processo de contratação quanto o contrato firmado foram enviados voluntariamente para auditoria prévia da Controladoria Geral do Município e Ministério Público do Estado da Bahia, sendo acatadas todas as recomendações apontadas.
Esclarece-se ainda que no contrato foram previstos todos os insumos e materiais necessários ao seu funcionamento, a exemplo de respiradores. O valor contratado estava condizente com a mediana estabelecida pela Controladoria Geral da União sendo pago, ao fim, R$ 1,6 mil pela diária dos leitos, montante inferior aos pagos pelo Governo do Estado da Bahia”.