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Hospital se recusa a colocar DIU em paciente por seguir diretrizes religiosas

Caso foi exposto nas redes sociais por uma jornalista

Por Da Redação
Ás

Hospital se recusa a colocar DIU em paciente por seguir diretrizes religiosas

Foto: Reprodução

A criadora de conteúdo Leonor Macedo, de 41 anos, passou por uma situação inesperada durante uma consulta com um ginecologista no Hospital São Camilo, na manhã de segunda-feira (22), onde discutia a possibilidade de utilizar o dispositivo intrauterino (DIU) como método contraceptivo. Foi informada de que, de acordo com diretrizes religiosas, o procedimento não seria realizado na instituição. 

Leonor, chocada com a decisão, compartilhou a experiência no X (antigo Twitter), alcançando centenas de milhares de pessoas até a publicação desta reportagem. Em entrevista à CNN, a jornalista expressou seu choque e a sensação de restrição em relação à liberdade de escolha sobre seu próprio corpo. Ela comentou: "Me senti cerceada do meu direito legal de cuidar do meu corpo. Eu senti que nada tá bom. Se você busca um método para não engravidar, você está errada. Se você aborta, você está errada. No nosso país, você só tem uma opção: fecundar."

Em resposta à CNN, o hospital explicou que, por ser uma instituição católica, não realiza procedimentos contraceptivos, em homens ou mulheres, a menos que envolvam riscos à manutenção da vida. Leonor revelou que, embora o hospital prescreva anticoncepcionais, não realiza a colocação do DIU.

A produtora de conteúdo também compartilhou sua surpresa ao ouvir da médica os motivos pelos quais o procedimento não seria realizado na instituição. Segundo ela, o hospital segue as diretrizes do Vaticano e realiza procedimentos como DIU e vasectomia apenas em casos específicos.

Leonor destacou que o hospital só realiza a colocação do DIU em situações graves de endometriose, não como método contraceptivo. Como hipertensa, ela argumentou que a inserção do dispositivo seria uma opção contraceptiva mais segura.

Apesar do que descreve como um "absurdo", Leonor recebeu apoio de redes feministas e planeja procurar outro médico e hospital que realizem o procedimento. Ela concluiu: "Vou ter que achar outro hospital no meu plano porque eles (São Camilo) simplesmente seguem os direcionamentos do Vaticano, ao invés de seguir a ciência."

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