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'Houve pensamento, mas não passou disso', diz ex-vice-presidente de Bolsonaro sobre tentativa de golpe

Mourão minimizou o caso no Brasil e disse que golpe é como o que ocorreu na Síria, Venezuela e Turquia

Por Da Redação
Ás

Atualizado
'Houve pensamento, mas não passou disso', diz ex-vice-presidente de Bolsonaro sobre tentativa de golpe

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O senador e ex-vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que uma das alas das Forças Armadas tentou articular um golpe após a derrota de Jair Bolsonaro para Lula em 2022, mas destacou que o “Exército agiu dentro da legalidade”. A declaração foi feita em entrevista ao jornal O Globo. 

"O Exército se baliza por três vetores: trabalhando dentro da legalidade, usando legitimidade e mantendo a estabilidade do país. O Exército não pode ser fator de instabilidade. É óbvio que uma reversão de um processo eleitoral na base da força lançaria o país num caos. Então, o Exército agiu dentro desses vetores. Foi a atitude correta do (general) Freire Gomes (que se recusou a ceder a apelos golpistas), não há o que contestar", disse Mourão.

Sobre a suposta participação de outros militares, o ex-vice-presidente destacou que houve uma "conspiração tabajara" que não teve nenhuma movimentação. "Mas é uma conspiração bem tabajara, conversas de WhatsApp. Em tese, houve reuniões, mas não levaram a nenhuma ação. Na linguagem militar, nós definimos como “ações táticas” tudo aquilo que há movimento. Não houve nada disso. Houve pensamento, não passou disso", detalhou. 

Mourão pontuou ainda que um exemplo de golpe é como o que ocorreu na Síria, Venezuela e Turquia. "É tropa na rua, é tiro, é bomba", disse ao completar que para isso seria necessário o apoio do Alto Comando. 

"Como funcionaria um golpe? Você vai fazer o quê? Fechar o Congresso? Qual objetivo do golpe? Impedir a posse? Não tem nada disso. É um troço sem pé nem cabeça", explicou.

O senador, que teve o nome citado no inquérito, esclareceu que nunca participou de nenhuma das reuniões ocorridas no Palácio do Planalto. "Para mostrar mais uma vez a total falta desconexão dessas conversas de uma realidade. Eu nunca participei de nenhuma reunião, minha agenda é pública, basta consultar. Aí, dois malucos resolvem ter uma conversa sem pé nem cabeça, e um resolve citar o meu nome, só posso dizer isso. Tanto que eu nem dei bola para isso", disse. 

A conversa ocorreu antes da prisão de seu colega, o general Walter Braga Netto, ocorrida no último sábado (14). Pelas redes sociais, o parlamentar se manifestou e disse que o militar não representava risco e que a decretação da prisão atropelou as normas legais.

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