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IBGE: 41% das crianças de seis e sete anos não sabem ler e escrever

Em 2012, 28,2% da população dessa idade não estava alfabetizada, cerca de 1,7 milhão

Por Da Redação
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IBGE: 41% das crianças de seis e sete anos não sabem ler e escrever

Foto: Reprodução

O Brasil atingiu o maior patamar, desde 2012, de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever. Em 2021, 40,8% da população dessa faixa etária que não havia sido alfabetizada, o equivalente a 2,4 milhões. É o que mostra um estudo divulgado nesta terça-feira (8) pelo Todos pela Educação, com base na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) do Ibge. 

Diante da lei, as crianças deveriam ter o direito de aprender a ler e escrever até o fim do 2º ano do ensino fundamental, ou seja, aos 7 anos. No entanto, o país registrou o recorde dos últimos dez anos de crianças sem acesso a esse direito. Em 2012, 28,2% da população dessa idade não estava alfabetizada, cerca de 1,7 milhão.

A elevação no número de crianças de 6 a 7 anos nessa situação ocorreu durante a pandemia de Covid-19. Em 2019, 1,4 milhão não tinha sido alfabetizada (25,1% da população dessa faixa etária).

As crianças mais pobres, pretas e pardas foram as mais atingidas por esse déficit. Além de terem tido menos oportunidade de continuar estudando a distância, esses alunos ficaram mais tempo com as escolas fechadas no país.

“Os dados reforçam o que outras pesquisas já apontaram, a pandemia teve impactos brutais no aprendizado das crianças e reforçou as imensas desigualdades que já existiam no país. É urgente colocar em prática políticas que tenham como prioridade o ensino das crianças mais pobres, pretas e pardas”, diz Gabriel Corrêa, gerente de políticas educacionais do Todos pela Educação.

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