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IBGE: Brasil supera em nove vezes o número de animais em relação à sua população

País abriga 1,9 bilhão de animais em suas fazendas, muito além de sua população humana

Por Da Redação
Ás

IBGE: Brasil supera em nove vezes o número de animais em relação à sua população

Foto: Pexels

O Brasil, com sua população humana de 203 milhões de habitantes, abriga um surpreendente contingente de animais criados em fazendas, totalizando 1,9 bilhão de seres. Esses dados provêm da mais recente Pesquisa da Pecuária Municipal, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O rebanho maciço é composto principalmente por bois, vacas, galinhas e frangos, somando um total de 1,8 bilhão de cabeças. Esse número é cerca de nove vezes superior à população humana do país e ultrapassa a população de qualquer outra nação do mundo.

Além dos mencionados rebanhos, o Brasil também mantém quantidades substanciais de suínos, ovelhas, codornas e cabras, que numericamente superam a população de todos os municípios brasileiros. São Paulo, a cidade mais populosa do país, com seus 11,4 milhões de habitantes, constitui uma exceção, pois tem mais residentes do que apenas os rebanhos de búfalos e cavalos.

O país abriga uma diversidade de animais que vai além do senso comum, incluindo peixes e abelhas, cuja quantidade é tão vasta que se torna impossível calcular. Além disso, há populações menores, como a de rãs e jacarés.

Entretanto, é fundamental observar que a pecuária é amplamente reconhecida como uma das principais causadoras das mudanças climáticas. De acordo com o Observatório do Clima, em 2021, a produção e distribuição de alimentos foram responsáveis por 73,7% das emissões de gases poluentes no Brasil.

Dessas emissões, a carne bovina representou 57,2% do total. No contexto desses números, 56,3% das emissões surgiram do desmatamento realizado para a criação de pastagens, liberando dióxido de carbono (CO2). Adicionalmente, cerca de 33,7% dessas emissões foram atribuídas à agropecuária em si, principalmente devido aos efeitos do "arroto do boi" e ao manejo dos dejetos, que resultam na liberação do gás metano.

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