Inca recomenda 'evitar consumo de qualquer tipo de adoçante artificial' após potencial cancerígeno do aspartame
Instituto destaca que substância não tem eficácia comprovada no combate à obesidade
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Após a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc) da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter incluído o aspartame na classificação de produtos “possivelmente cancerígenos”, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou uma nota, na sexta-feira (14), para recomendar que seja evitado o consumo de adoçantes artificiais.
O órgão recomenda a limitação a consumo de alimentos ultra processados. O inca também informou que não há evidências científicas que comprovem a efetividade do aspartame no controle da obesidade. A substância pode, inclusive, “contribuir para o excesso de peso corporal”.
“O Inca aconselha à população geral evitar o consumo de qualquer tipo de adoçante artificial e adotar uma alimentação saudável, ou seja, baseada em alimentos in natura e minimamente processados e limitada em alimentos ultraprocessados”, diz o instituto .
O parecer da OMS não foi referendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que considerou o produto seguro e recomendou a ingestão diária máxima de 40 miligramas por quilo de peso.
“Depois de revisar a literatura científica disponível, ambas as avaliações observaram limitações nas evidências disponíveis em relação ao câncer e também a outros efeitos na saúde”, diz a nota da Anvisa.