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Indigenista morto pediu para não aparecer em reportagem por causa de ameaças

A jornalista Monica Yanakiew, da Al Jazeera em inglês, acompanhou o trabalho de Bruno por uma semana

Por Da Redação
Ás

Indigenista morto pediu para não aparecer em reportagem por causa de ameaças

Foto: Reprodução/TV Globo

O indigenista brasileiro Bruno Pereira, assassinado juntamente com o jornalista britânico Dom Phillips no Amazonas, já vinha sofrendo ameaças e, de acordo com informações do programa Fantástico, da TV Globo, ele não queria aparecer em uma reportagem. 

Quando era funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai), o brasileiro treinava indígenas para patrulhar o território. Em novembro do ano passado, a jornalista Monica Yanakiew, da Al Jazeera em inglês, acompanhou a equipe de Bruno e voluntários de várias aldeias por uma semana.

"O Bruno desde o começo avisou: 'Isso é um lugar perigoso, as pessoas aqui andam armadas. Elas atacam. Atacaram inclusive um posto da Funai'. Tanto é assim que a gente ia acompanhando uma patrulha, uma patrulha indígena, a Univaja. Estavam todos armados na hora de fazer a incursão dentro da floresta, procurando indícios de pesca ilegal", disse Yanakiew ao Fantástico.

Segundo ela, Bruno pediu para não aparecer na reportagem que estava produzindo, porque ele não é uma pessoa querida lá, pelos infratores, pelos garimpeiros, pelos pescadores ilegais. E ele estava sendo ameaçado. A equipe da Al Jazeera registrou o momento em que os vigilantes se aproximaram do barco de Amarildo, o hoje assassino confesso de Bruno e Dom.

Caso

Dom e Bruno foram considerados desaparecidos a partir do dia 5 de junho, na região do Vale do Javari, área de terras indígenas no Amazonas. Após o caso ganhar repercussão, diversas figuras públicas foram a público cobrar providências urgentes para a busca da dupla.

Um dos principais suspeitos pelo desaparecimento, Amarildo Oliveira da Costa, conhecido como Pelado, confessou ter participado do assassinato da dupla mais de uma semana depois. Ele e seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira, de 41 anos, o “Dos Santos”, estão presos suspeitos de terem participado do crime. Já Jeferson da Silva Lima, chamado de “Pelado da Dinha”, também se entregou à polícia.
 

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