Inflação avança e registra maior alta para o mês de julho desde 2002
Energia elétrica foi o item que mais impactou na inflação, com alta de 7,88%
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do Brasil, abriu o segundo semestre com um salto de 0,96% no mês de julho. Essa é a maior variação percentual para o mês desde 2002 (1,19%), conforme os dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com essa movimentação, o IPCA acumula alta de 8,99% nos 12 meses finalizados em julho. Esse é o resultado que mantém o indicador acima ao teto da meta estabelecida para a inflação neste ano, de 5,25%.
Por mais um mês, a alta foi puxada pela energia elétrica (7,88%), que acelerou e registrou o maior impacto individual no índice no mês passado.
A segunda maior puxada se dá aos transportes (1,52%), com a alta das passagens aéreas, cujos preços subiram 35,22%. Os preços dos combustíveis (1,24%), com a alta de 1,55% da gasolina, que contribuiu para o terceiro impacto individual no índice do mês.
A alimentação e bebidas, por sua vez, subiram 0,6%. A alta foi guiada, principalmente, por conta das altas do tomate (18,65%), do frango em pedaços (4,28%), do leite longa vida (3,71%) e das carnes (0,77%). Por outro lado, a cebola (-13,51%), a batata-inglesa (-12,03%) e o arroz (-2,35%) ficaram mais baratos em relação ao mês de junho.
Na alimentação fora do domicílio, a alta de 0,14% dos preços corresponde a uma desaceleração em relação a junho (0,66%), influenciada pelo lanche (0,16%) e a refeição (0,04%), cujos preços haviam subido 0,24% e 0,85% no mês anterior, respectivamente.