Inflação desacelera para 0,18% e alcança menor nível para novembro em sete anos
No ano, o IPCA registra alta de 3,92% enquanto a inflação dos últimos 12 meses parou em 4,46%, menor que os 4,68% registrados nos 12 meses anteriores

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,18% em novembro, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No ano, o IPCA registra alta de 3,92% enquanto a inflação dos últimos 12 meses parou em 4,46%, menor que os 4,68% registrados nos 12 meses anteriores. Em novembro de 2024, o índice havia aumentado 0,39%.
O resultado da inflação de novembro ficou um pouco abaixo das projeções do mercado, que calculavam uma alta de 0,20% no mês e de 4,5% no acumulado em 12 meses.
O índice também marcou a menor variação para um mês de novembro desde 2018, quando ocorreu a queda de -0,21%.
Em novembro, cinco dos nove grupos pesquisados apresentaram crescimento de preços. Despesas pessoais (0,77%) e Habitação (0,52%) registram as maiores altas e responderam, cada um, por 0,08 ponto percentual do IPCA. Logo em sequência vieram Vestuário (0,49%), Transportes (0,22%) e Educação (0,01%).
Os demais grupos tiveram queda no mês: Artigos de residência (-1,00%), Comunicação (-0,20%), Saúde e cuidados pessoais (-0,04%) e Alimentação e bebidas (-0,01%).
Confira o resultado dos grupos do IPCA em novembro:
Alimentação e bebidas: -0,01%
Habitação: 0,52%
Artigos de residência: -1%
Vestuário: 0,49%
Transportes: 0,22%
Saúde e cuidados pessoais: -0,04%
Despesas pessoais: 0,77%
Educação: 0,01%
Comunicação: -0,20%
Despesas pessoais lideram alta
No grupo Despesas pessoais (0,77%), os destaques ficaram com as Passagens aéreas, que tiveram crescimento de 11,9%, e Hospedagem, que subiu 4,09% e respondeu por 0,03 ponto percentual do índice do mês.
O setor de Habitação também voltou a registrar crescimento em novembro, com alta de 0,52%, depois de queda de 0,30% registrada em outubro. O movimento foi liderado pela energia elétrica residencial, que teve crescimento de 1,27% e adicionou 0,05 ponto percentual ao IPCA.
Energia permanece pressionando a inflação
A energia elétrica mais uma vez teve alto impacto no IPCA, ao registrar alta de 1,27% em novembro.
No acumulado do ano, a energia elétrica residencial permanece como item de maior peso, com avanço de 15,08% e impacto de 0,58 ponto percentual no índice.
No recorte de 12 meses, mantém a liderança entre os itens que mais pressionam a inflação, acumulando crescimento de 11,41% e contribuição de 0,46 ponto percentual.
A partir de dezembro, a tarifa chegará a bandeira amarela, o que deverá aliviar provisoriamente o custo da energia.
Em novembro, mesmo diante da bandeira tarifária vermelha patamar 1 em vigor, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, o item foi afetado por reajustes aplicados em variadas capitais.


