Influenciador Jon Vlogs falta à CPI das Bets e publica fotos nos EUA
Presidente da comissão fala em pedir condução coercitiva
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O influenciador digital Luan Kovarik, conhecido como "Jon Vlogs" e dono da Jonbet, e o empresário Jorge Barbosa Dias, dono da empresa de apostas MarjoSports, faltaram a uma convocação para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado, nesta terça-feira (27).
Jorge Dias seria ouvido como testemunha, já Jon Vlogs como investigado. Na segunda-feira (26), véspera do depoimento, Jon Vlogs fez uma série de publicações nas redes sociais em Orlando, na Flórida (EUA), dizendo que estava "começando um rolezinho na gringa".
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Reprodução/Instagram Jon Vlogs
A CPI convocou o influenciador para depor sobre ter criado uma casa de apostas e feito ações publicitárias para promover a própria empresa e outras bets.
Já Jorge Dias foi chamado devido “sua relevância no mercado de apostas e por seu histórico de envolvimento em investigações relacionadas à lavagem de dinheiro supostamente proveniente de jogos de azar".
Em 2018, Jorge Dias começou a ser investigado pelo Ministério Público de Pernambuco por suspeita de liderar uma organização criminosa formada para lavar dinheiro de jogos de azar. Ele chegou a se tornar réu, em 2022, mas a Justiça reverteu a decisão.
Condução coercitiva
A ausência dos empresários foi amplamente criticada pelos senadores presentes. O presidente da CPI, Dr. Hiran (PP-RR), disse que reprova o comportamento e vai determinar medidas apropriadas, entre elas a de condução coercitiva.
“É um ato de desprezo com essa comissão. O povo brasileiro e as famílias devastadas pelas operações descontroladas das plataformas de apostas. Determinarei a adoção de medidas apropriadas à Advocacia do Senado, incluindo uma possível condução coercitiva", afirmou.
A decisão foi endossada pela relatora da CPI, Soraya Thronicke (Podemos-MS), que definiu a medida como o “remédio” para as atitudes de Jon Vlogs e Jorge Dias.
"Nós sabemos muito bem quão ricas elas são, e elas podem sim vir do exterior, porque tem voos todos os dias para o Brasil. Na minha concepção é má-vontade, é desculpa, e a condução coercitiva é o remédio que temos para que essas pessoas venham e sejam ouvidas", disse.
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