Inquérito sobre joias sauditas enviadas ao Governo Bolsonaro é encaminhado ao STF
Ministério Público Federal de São Paulo apontou conexões do caso com investigações em andamento
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
A Justiça Federal de Guarulhos (SP) acatou o pedido feito pelo Ministério Público Federal de São Paulo e determinou nesta terça-feira (15), que o inquérito referente às joias sauditas recebidas pelo governo Jair Bolsonaro seja encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi apresentado na última sexta-feira (11), no mesmo dia em que a Polícia Federal realizou a operação Lucas 12:2, que investiga a suposta venda ilegal de presentes oficiais recebidos pelo presidente.
Os mandados de busca e apreensão realizados durante a operação Lucas 12:2 foram autorizados pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, em um inquérito que apura a possível atuação de uma milícia digital para desestabilizar a democracia brasileira.
A investigação sobre as joias sauditas teve início em março, conduzida pela Polícia Federal e pelo MPF em Guarulhos, e focou na entrada ilegal de joias da Arábia Saudita pela comitiva do então ministro Bento Albuquerque. Dentre as peças apreendidas estava um colar e um par de brincos.
As análises realizadas pela Polícia Federal indicaram que o valor total das joias, incluindo colar, brincos, anel e relógio, é de aproximadamente R$ 5,1 milhões. O militar Marcos André dos Santos Soeiro, que atuava como assessor do então ministro, foi encontrado com os itens em sua mochila.
O MPF de São Paulo destacou que há conexões entre o caso em investigação em Guarulhos e as questões em análise no STF.