Instituto Brasil-Israel questiona posicionamento do Itamaraty sobre ofensiva iraniana contra Israel
Declaração do Instituto acontece após nota emitida pelo Governo no último sábado (13)
Foto: Agência Senado
O Instituto Brasil-Israel (IBI) lamentou, neste domingo (14), a nota emitida pelo governo acerca da ofensiva iraniana à Israel, ocorrida no sábado (13).
"O governo brasileiro, infelizmente, preferiu abdicar de uma posição firme, não condenou os ataques, não se solidarizou com as famílias israelenses e optou por dar margem para dúvidas sobre o que se passou nesse dia 13, ao registrar que “acompanha com grave preocupação relato de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”.", disse o IBI em nota.
O governo brasileiro emitiu uma nota sobre o conflito e disse que acompanha os fatos "com grave preocupação", e "apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada".
Veja a íntegra da nota do IBI:
Neste sábado, 13, o governo brasileiro perdeu a oportunidade de condenar um ataque flagrantemente ilegal que pode elevar a instabilidade regional a níveis imprevisíveis. Durante a madrugada, famílias israelenses viram angustiadas mais de 300 drones e mísseis serem lançados pelo Irã rumo ao seu país.
Numa ação sem precedentes, Israel foi diretamente atacada pelo Irã. Diversas potências democráticas como os Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha condenaram os ataques. Vizinhos como a Argentina, o Chile, o Paraguai e o Uruguai também o fizeram. A União Europeia e a Organização dos Estados Americanos se pronunciaram de maneira firme.
O governo brasileiro, infelizmente, preferiu abdicar de uma posição firme, não condenou os ataques, não se solidarizou com as famílias israelenses e optou por dar margem para dúvidas sobre o que se passou nesse dia 13, ao registrar que “acompanha com grave preocupação relato de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”. Sob os olhos do mundo, não pairam dúvidas sobre o acontecido.
Em suma, o governo brasileiro - que deseja participar de negociações que levem a uma paz duradoura na região, perdeu, mais uma vez, a oportunidade de compartilhar palavras firmes, justas e apaziguadoras.
Esperamos que os profissionais experientes que lideram a diplomacia brasileira saibam, no futuro, adotar posturas mais equilibradas diante da realidade triste e complexa que assola a região.