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Política

Inteligência artificial acende sinal de alerta no TSE para eleições municipais, após crescimento em campanhas

TSE define regras para a utilização da IA nas campanhas eleitorais

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Inteligência artificial acende sinal de alerta no TSE para eleições municipais, após crescimento em campanhas

Foto: Reprodução/MarceloCamargo/AgênciaBrasil

Em um ano marcado por eleições que mobilizam grandes contingentes de eleitores, o uso de inteligência artificial (IA) na política tem se alastrado pelo mundo. O uso da tecnologia coleciona exemplos de tentativas de manipular a opinião do eleitor, cenário que os brasileiros podem se deparar em outubro. 

Profissionais que atuam em campanhas e dirigentes partidários afirmam a possibilidade de fazer bom uso das ferramentas nas disputas municipais. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu, em fevereiro, regras para a utilização da IA nas campanhas eleitorais, entre elas estão: identificar a tecnologia em materiais de divulgação e a proibição de "deepfakes", técnica de trocar o rosto de pessoas em vídeos.

O risco dessas manipulações aumenta à medida que se aproxima a eleição — e diminui, portanto, o tempo para desmentir o conteúdo. Um vídeo criado com a técnica de deepfake, em Bangladesh, simulou dois candidatos que haviam desistido na disputa no dia de os eleitores irem às urnas. Situação semelhante ocorreu em Taiwan, mas para falsificar o apoio de um empresário.

Já na Índia, os candidatos usaram vozes e imagens de pessoas mortas, incluindo uma cantora popular. O mesmo ocorreu na Indonésia, com vídeos do ex-presidente Suharto, morto em 2008.

As regras do TSE proíbe todas essas situações, com a possibilidade de cassação da candidatura ou até do mandato dos responsáveis pela divulgação. A utilização da tecnologia está sendo monitorada ao redor do mundo por servidores, com participação em eventos e workshops internacionais. O órgão informa que o monitoramento é uma das suas prioridades. 

Na Bielorrúsia, um candidato foi criado a partir do Chat GPT, ferramenta criada pela empresa OpenIA, em uma forma da oposição de denunciar o que foi considerada uma eleição fraudulenta. Líder opositora, Sviatlana Tsikhanouskaya ironiza que “Ele é mais real do que qualquer candidato que o regime tem para oferecer. E a melhor parte? Ele não pode ser preso”. 

A candidata Xóchitl Gálvez, no México, contou que utilizou a ferramenta de IA para treinar para um debate. Nem sempre a IA é usada para enganar o eleitor, os dados sobre o uso da IA em eleições estão sendo reunidos em um projeto do site Rest of World.

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