Invasão em Brasília completa um mês; prejuízos somaram R$ 21 milhões e 1,4 mil foram presos
Ao todo, foram deflagradas cinco fases de uma operação para identificar quem participou, financiou, omitiu-se ou fomentou as manifestações
Foto: Reprodução/Agência Brasil
A invasão na Praça dos Três Poderes, em Brasília, completam um mês nesta quarta-feira (8). No último 8 de janeiro, manifestantes quebraram vidraças, destruíram e roubaram obras de arte e danificaram cômodos e móveis do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF).
Com base nas estimativas feitas pelos Três Poderes, a investida deixou um prejuízo de R$ 21 milhões ao poder público. Além disso, a equipe de intervenção federal que atuou na capital federal depois do ocorrido destacou que o episódio ocorreu por falha na operação das forças de segurança pública do Distrito Federal.
Por conta dos erros nas estratégias para tentar conter os manifestantes, surgiram suspeitas sobre uma possível omissão do Governo do DF em relação as ações, medida que fez o governador Ibaneis Rocha (MDB) ser afastado do cargo por 90 dias, assim como motivaram a demissão do secretário de Segurança Pública Anderson Torres, que está detido pela suspeita de ter facilitado a ação.
De acordo com a Polícia Federal, cerca de 1,4 mil pessoas foram presas por envolvimento nas manifestações. Ao todo, foram deflagradas cinco fases de uma operação com o objetivo de identificar quem participou, financiou, omitiu-se ou fomentou os fatos ocorridos em 8 de janeiro.
A Advocacia-Geral da União (AGU) ainda solicitou à Justiça o bloqueio de R$ 20,7 milhões de bens de presos por depredar os prédios de Congresso, Planalto e STF. Já a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou 653 pessoas por associação criminosa e por incitar a animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes da República.
