Investimento em ferrovias
Confira o editorial desta sexta-feira (7)
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Ferrovias, sem se esquecer das rodovias, é prioridade entre os projetos de concessão para a iniciativa privada do governo Bolsonaro, anunciado desde janeiro do ano passado, e enterrou a incômoda, até então, sempre sem resposta: por que o Brasil não investe em ferrovias?
O ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas, com expertise, passou 2019 explicando os planos do Planalto e como é possível, sim, ampliar a malha férrea do país.
O planejamento do primeiro ano da pasta sob comando de Tarcísio casa com o anúncio de ontem, da previsão de investimentos de R$ 30 bilhões no setor, com recursos seriam obtidos por meio de concessões. É um ousado, porém viável, plano para os próximos cinco anos, acredita o ministro.
Vale lembrar que o primeiro contrato de concessão foi assinado no ano passado e envolve a Ferrovia Norte-Sul, no trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D'Oeste (SP). Para este ano, são previsas as concessões da Ferrovia de Integração Oeste-Leste, que ligará Ilhéus (BA) a Figueirópolis (TO), e a Ferrogrão, projeto com origem em Cuiabá (MT) e término em Santarém (PA).
É um esforço louvável de otimizar investimentos públicos e transferir o máximo de ativos possíveis para a iniciativa privada. A contrapartida também é óbvia: indica credibilidade do investidor no Brasil. O momento, enfim, é oportuno para incrementar os atuais 5,4% que respondem as ferrovias no que diz respeito ao tipo de malha utilizada para escoamento da produção no país.